Certa vez um homem, ao cruzar a floresta, viu uma raposa que perdera as pernas e admirou-se como ela sobrevivia.
Neste momento, um tigre apareceu e trazia, entre os dentes, caça nova. A fera comeu o quanto quis, deixando o resto ao lado da raposa. E no dia seguinte, a mesma coisa.
Deus, ou a própria natureza, nutriu a raposa usando o mesmo tigre. O homem se admirou, e assim pensou consigo mesmo: - Eu também vou me deitar por aí, em algum cantinho, Ele (Deus, ou a natureza) vai me mandar o quanto me é necessário. De fato, assim o fez, por muitos dias, mas nada aconteceu e o pobre estava já às portas da morte, quando ouviu uma voz que dizia: - Estás na trilha do erro, abre teus olhos e contempla a verdade. Segue o exemplo do tigre e deixa de imitar a raposa aleijada. O que você prefere, servir ou ser servido? Qual é a melhor posição ser piloto da própria vida ou o passageiro?
Em agosto de 1918, um saveiro estava sendo puxado por um rebocador, no Rio Niágara, quando o cabo arrebentou. As fortes correntezas logo conduziram o barco em direção às cataratas. Quando estava para cair, o barco encalhou em algumas rochas bem em acima das quedas. Os dois homens que estavam a bordo foram salvos apenas no dia seguinte. Eles passaram uma noite de terror, pois esperavam, a qualquer momento, despencar para a morte. Isso aconteceu faz mais de noventa anos e a velha barcaça continua lá, no mesmo lugar, até hoje. Jamais aconteceu a queda prevista. Os dois homens se preocuparam por nada. A esperada queda do barco, que trouxe ansiedade e desespero aos dois homens, não aconteceu... Será que não acontece da mesma forma com a grande maioria dos problemas, aqueles que tiram a tranqüilidade?
As preocupações são como um barco encalhado nas pedras. Elas nunca nos levarão a lugar algum.
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