Um estudo inédito, recentemente divulgado pela Aliança de Controle do Tabagismo, revelou que,
apenas em 2011, o Brasil gastou 21 bilhões de reais no tratamento de pacientes com doenças
relacionadas ao hábito do cigarro.
O valor equivale a 1/3 do orçamento total do
Ministério da Saúde.
Os dados da pesquisa revelaram ainda que o
tabagismo é responsável por 13% das mortes
no Brasil.
Em números absolutos, são 130 mil óbitos anuais
decorrentes de doenças relacionados ao cigarro, o
que significa 356 mortes por dia.
“O argumento da indústria tabagista sobre a
arrecadação de impostos é uma falácia. Gasto
com a saúde é 3,5 vezes maior do que
o total da arrecadação”.
A importância dessa pesquisa, além de evidenciar
mais uma vez os malefícios do tabagismo, reside no
fato de que os números revelados vão de encontro ao
principal argumento da indústria tabagista: a
arrecadação de impostos.
Segundo a pesquisa, o valor gasto com a saúde é 3,5
vezes maior do que o volume total da arrecadação
com produtos do setor.
Assim, resta mais do que demonstrado o impacto do
tabagismo na economia do País.
Não bastasse a falácia das contas, recorrentemente
utilizada pelos fumicultores, o argumento peca pelo
menosprezo em relação à saúde, à qualidade de vida
e ao sofrimento das pessoas.
Dito de outro modo, é inadmissível apontar ganhos
de arrecadação como compensação ao flagelo do
cigarro – sobretudo se tais ganhos, na ponta do lápis,
se mostram inconsistentes!
“Temos de encontrar novas maneiras de trabalhar
na prevenção, evitando que os jovens sucumbam
aos falsos apelos incorporados ao cigarro”.
Em nosso entendimento, as medidas já em vigor
proibindo a propaganda e o consumo em lugares
públicos foram muito bem-vindas e bem-sucedidas.
Mas ainda devemos investir em campanhas de
prevenção voltadas especificamente para a população
jovem, mais vulnerável e menos consciente dos
imensos males causados pelo cigarro.
Assim, muito embora as medidas restritivas tenham
produzido efeitos palpáveis, temos de encontrar
novas maneiras de trabalhar no campo da prevenção,
evitando que os jovens de hoje e de amanhã
sucumbam ao falso apelo de independência e rebeldia
tradicionalmente incorporado ao cigarro.
FONTE: Deputado Federal Antonio Bulhões
Líder do PRB na Câmara dos Deputados
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