Do ponto de vista sociológico
"Pra dizer que não falei das flores"...somos todos iguais, é?
Alguém pode me explicar o que está acontecendo
Neste nosso Brasil?
Estou sem entender nada.
Que sociedade é esta nossa, hem?
A constituição não vale mais nada?
Que tal jogá-la no lixo?
E o trabalho grandioso de homens e mulheres
Constituintes, que viraram dias, que viraram noites
Para que ela fosse feita
E, derrepente virou lixo?
Para que serve, então?
Onde vamos parar,
Onde vamos chegar,
Não é a constituição que diz que discriminar é crime?
Então me digam, ela não tem mais valor?
Precisamos de mais leis?
Precisamos é de gente que façam as leis valerem como lei,
Uma nova lei, pra quê?
Que tal fazermos valer a que já tem?
Lei contra homofobia!?
E quanto as outras fobias que já estão tão velhas na sociedade,
mas continuam de pé e cada vez mais arbitrárias, que mais parece que caducaram?
Vão continuar aonde estavam no arquivo morto da sociedade.
Querem tirar o foco do que é verdade, do que é direito?
Isso, isso mesmo, percam mais tempo, gastem mais dinheiro,
Façam novas leis para apenas uma classe.
Não temos lembranças, não temos vergonha do que temos deixado para trás, pra depois...
E o que dizer da luta das mulheres,
Dos índios, dos negros, dos pobres?
Ah, eles já não parecem mais tão importantes...
Afinal de contas quem se importa?
De vez em quando podemos fazer algum movimento,
Um dia especial, que tal?
Ai vamos empurrando com a barriga, ou com os pés
Colocando este probleminha para debaixo do tapete...
Que tal lembrar das flores que vencem os canhões?
Há quanto tempo, séculos e séculos,
Muitas gerações... entra governo sai governo,
mulheres são alvo de uma intolerância atroz,
do maior descaso, do maior, parece acaso, ser mulher...
Vítimas de uma sociedade que faz questão de esquecer,
Porque é mais fácil, esta luta fica pra depois,
afinal de contas as mulheres, os índios e os negros já estão acostumados, os homossexuais, não.
Já encontramos uma fobia mais forte,
Pra ficar no lugar de todas as outras, que parece que não fizemos caso...
Não vi nenhuma tão forte eloqüência, tão acirrada peleja
Por parte daqueles que foram eleitos pelo povo, e pelo povo que os elegeram,
Não para criarem novas leis que aviltem a maior de todas as leis de uma nação,
mas para fazerem valer a igualdade, todos não somos iguais?
Enquanto isso mulheres são violentadas, abusadas, assassinadas.
É, bota tempo nisso... se colocássemos estas mulheres num só lugar, num só tempo,
poderíamos dizer com espanto, que genocídio, não, um verdadeiro holocausto!
Foi assim com os índios, com os negros...
Não foi, tem sido...
E agora há uma exigência, não, há uma imposição de um grupo minoritário,
A quem devemos respeito sim, porque são iguais a todos os outros brasileiros,
Mas que vêm aos microfones, aos palanques, às ruas, aos jornais com um grito de ameaça...
Parece que mais uma vez teremos uma preferência egoísta,
Cada um luta a sua própria luta por sua classe.
Cada classe que reivindique, e que se façam leis por suas causas próprias...
Sim, eu vou cuidar de mim,
Ainda que isso seja feito passando por cima dos outros,
e de outras leis que já vigoram.
Cumpra-se a constituição e todos estarão acolhidos, respeitados sem preferências:
Mulheres, índios, negros, pobres, prostitutas, homossexuais, cristãos mulçumanos, espíritas, comunistas, ateus...
É só lembrar das flores que vencem os canhões...
Digam-me se puderem dizer, estamos de volta à velha e “boa” ditadura?
O que fizeram com a tão cantada e encantada liberdade de expressão, hem?
Porque não poderei mais falar o que eu penso...
Querem calar minha boca, querem afogar minha opinião...
Estão me ameaçando, querem me intimidar?
Querem de todos os modos que eu tenha uma...fobia.
Estão dizendo que vão fazer e vão acontecer com os cristãos e com o cristianismo,
Vão fazer o que , hem?
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que dizem,
não sabem o que fazem, nem com quem fazem!”
Onde está esta tal tolerância?
Tolerância só com alguns!?
Só alguns têm liberdade para expor seu pensamentos e crenças?
Será que só os defensores da maconha, ou os homossexuais
Poderão continuar a marchar e, falar e, gritar e, reivindicar...
Será mesmo que querem tirar de mim o meu direito conquistado,
Registrado, devidamente respaldado
pela constituição, que dizem ser a mais moderna de uma nação hoje, a nossa?
Isto está me cheirando a desigualdade, não?
Isto está me cheirando a discriminação, não?
Estou ouvindo fortes gritos, briga de foice,
bandeiras agitadas, dedos rentes na minha frente,
só porque eu não penso igual.
Ah, quem dera que estes fortes gritos, brigas,
Bandeiras agitadas, dedos rentes,
Fossem para que houvesse mesmo tolerância, respeito!
Para que houvesse a luta justa por todos os excluídos desta sociedade que,
Ao contrário, insistem em criar mais grupos vítimas da intolerância:
daqueles que não podem discordar, falando, expondo aquilo em que creem;
querem roubar os meus princípios, querem tratá-los como coisa sem valor...
Não, não podem me calar; não não vão me intimidar!
Jesus deu a fórmula perfeita de uma sociedade justa e ajustada: “Ame ao próximo como a ti mesmo”
Amar não é se calar para não ofender, é não ofender, mesmo dizendo o que pensa;
é ser tolerante mesmo expondo pensamentos contrários;
é respeitar mesmo que nossos pensamentos não coincidam,
sabendo que somos iguais perante a lei dos homens e, muito mais diante das leis de Deus.
Jesus me ensinou a amar a todos, independente de quem sejam eles:
inimigos, perseguidores, bandidos, assassinos, ladrões, corruptos, nazistas, comunistas, políticos desonestos,
aquele colega de trabalho invejoso, aquele vizinho fofoqueiro, aquele parente chato,
americano, árabe, argentino, terrorista, você desconhecido...
Para este nosso Brasil cheio de crises verdadeiras, mas forte e varonil
Que só falta cumprir o que diz a constituição,
Por esta pátria amada, levanto minha bandeira, meu grito, meu clamor :
Deus, salve esta nação!
Tudo isso “para dizer que não falei das flores”.
FONTE: Pra Denise Malafaia Cerqueira
http://minifilhasdesara.blogspot.com/
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