Estudo da Unifesp revela que a fé é decisiva para dependentes abandonarem as drogas
Sem escolher classe social ou faixa etária, as drogas causam milhões de vítimas no Brasil. Só este ano, o Governo investiu R$ 410 milhões para tentar frear principalmente o avanço do crack. Um estudo de 2008, divulgado no final de agosto deste ano pelo departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), revelou que o melhor antídoto contra o vício é a fé.
A religiosidade é um fator decisivo para que viciados abandonem as drogas. A pesquisa, sob a coordenação da professora Solange Nappo, pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), também comprovou que, além da fé, oração e perdão são fundamentais. Este estudo envolveu 21 instituições religiosas de São Paulo e foi iniciado, segundo a pesquisadora, por uma curiosidade como afirmou ao jornal “Diário de S.Paulo”: “Sempre quis saber porque alguns jovens vivendo em locais onde a disponibilidade de drogas era grande não a usavam, enquanto outros, na mesma localidade não se afastavam delas.” Participaram da pesquisa 85 jovens. Solange destacou que a sociedade rejeita o viciado e só lhe dá duas opções: a internação e a prisão. E, confirmando o resultado da pesquisa sobre a importancia da fé, a Igreja Universal, desde que surgiu há 33 anos, já ajudou milhões de pessoas de todas as classes sociais e idades a deixarem as drogas. Hoje, muitos deles são obreiros, pastores e bispos e trabalham para que outros dependentes químicos tenham esperança e, recuperem a autoestima.
O 1º Levantamento Nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários, divulgado pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) revelou que quase a metade dos universitários do País já usou drogas. Foi assim com a curitibana Jéssica de Souza Cardoso, de 22 anos. “Eu comecei a beber e em seguida consumi maconha. Tinha 18 anos e as experiências de festas e baladas tambémnão foram nada boas”, lembrou ela, que conseguiu se livrar destas substâncias frequentando reuniões da IURD onde conheceu o grupo Força Jovem.
Já entre as ações imediatas do Governo, há a ampliação de vagas em hospitais para internação de viciados. Mas, como ressaltou o coordenador de Saúde Mental, Álcool e Drogas do ministério da Saúde, Pedro Delgado, á Agência Brasil, apesar da necessidade a internação não deve ser vista como solução do problema. “Em situação de risco existe a opção da internação, mas precisamos de ações intersetoriais para combater este mal”, destacou.
FONTE: Folha Universal – edição 962 – de 12 a 18 de setembro de 2010 / Ponto Final
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